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Navio vaza petróleo na única reserva marinha da Noruega 16 Fev 2011


O vazamento de petróleo atingiu na tarde desta quarta-feira a frágil linha costeira em pelo menos dois lugares do parque marinho Ytre Hvaler, hábitat de uma grande variedade de aves e espécies marinhas, bem como de corais de água fria, informou em um comunicado a Administração Costeira Norueguesa (NCA, na sigla em inglês).

No fim da tarde desta sexta-feira (hora local), a NCA destacou, no entanto, que o vazamento não era tão sério quanto se pensou inicialmente.

O navio Godafoss, transportando um total de 800 toneladas de petróleo, bateu na rocha de um coral na noite de quinta-feira, perto da embocadura do fiorde Oslo, logo após deixar o porto na cidade de Fredrikstad (sudeste) a caminho de Helsingborg, no sul da Suécia.

Uma quantidade ainda indeterminada de combustível vazou dos tanques alinhados dos dois lados do petroleiro, cada um contendo 250 toneladas.

"Aparentemente o vazamento foi contido", disse a jornalistas Johan Marius Ly, chefe de operações da NCA.

Autoridades norueguesas e suecas mobilizaram navios anti-poluição, rebocadores, dois aviões de vigilância e helicópteros para acompanhar a situação.

Barreiras flutuantes também foram montadas em torno do navio para limitar os danos.

De propriedade da empresa islandesa de navegação Eimskip, o Godafoss também transportava 439 contêineres, um dos quais contendo 12 toneladas de dinamite.

"Desde que tenha sido carregada corretamente e não haja fogo, não há risco de explosão", disse Ly.

As condições atmosféricas eram consideradas relativamente favoráveis para a realização de trabalhos de limpeza, com mar calmo e ventos moderados.

No entanto, grupos ambientalistas alertaram que os riscos são grandes.

De acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), mais de seis mil espécies marinhas vivem na região, inclusive 220 que integram as listas norueguesa e sueca de espécies ameaçadas.

"O WWF pede às autoridades que proíbam todo tráfego marítimo nas zonas mais vulneráveis, que o petróleo seja proibido como combustível e que isto influencie decisões relativas à produção de petróleo em regiões vulneráveis", destacou o grupo em um comunicado.

O parque Ytre Hvaler, que foi criado em junho de 2009 e se estende por 354 quilômetros quadrados, é a única reserva marinha da Noruega e se situa não muito longe do parque nacional marinho de Kosterhavet, na Suécia.

Navio vaza petróleo na única reserva marinha da Noruega.  Foto:Linn Cathrin Olsen/AFP







 
Extinção de espécies

 
Segundo o relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), prevê-se que a produtividade e, consequentemente, as capturas diminuam em todas as zonas até 2050, no mundo inteiro, e que as pescarias passem a ser constituídas em grande medida por espécies mais pequenas, situadas a um nível mais baixo da cadeia alimentar.
Se não forem combatidas, as alterações climáticas poderão levar as temperaturas da superfície dos oceanos a aumentar até 2100, o que terá importantes repercussões para os recifes de coral e outros organismos marinhos sensíveis à temperatura. Entre as mudanças previstas incluem-se ainda o aumento progressivo e generalizado dos níveis de azoto devido a descargas de águas residuais, efluentes agrícolas e emissões dos veículos e navios. O azoto pode dar origem a fluorescências de algas que, por sua vez, são tóxicas para os peixes e outras espécies marinhas, bem como contribuir para a formação das chamadas zonas mortas – zonas dos oceanos com baixas concentrações de oxigénio.

São três as principais causas da extinção de seres vivos. A mais conhecida entre elas, a caça, é considerada responsável pela eliminação de quase um quarto das espécies. A destruição de habitats contribui com 36 %.
A menos conhecida delas, porém de grande importância, é a introdução de espécies, responsável por 39% da destruição. A literatura é pródiga em exemplos de plantas e animais que foram levados pelo homem de uma região para outra, provocando verdadeiros desastres ecológicos. Um caso recentemente divulgado mostra como o sapo-cururu, animal tão conhecido das crianças do Brasil, pôde causar danos ambientais na Austrália, onde foi introduzido em meados deste século.

Curiosidade: O mercado consumidor  do tráfico ilegal de animais vivos são os colecionadores privados, laboratórios de pesquisa, lojas de animais, zoológicos, circos e até curandeiros da Ásia. É o terceiro maior negócio em contrabando depois de drogas e armas.